terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cachorro; o guardião dos segredos subterrâneos


No Egito, terra dos terapeutas, o ouro era consagrado a Anúbis, cujas estátuas eram recobertas por esse metal. Anúbis é o nome grego do deus que os egípcios denominaram Ampu ou Anupu, condutor de almas: era ele que abria aos mortos a porta do caminho que leva ao outro mundo. Ele é representado como um chacal ou cabeça de cachorro. A cidade principal de seu culto os gregos chamaram Cinópolis. Paralelamente, esse chacal-cachorro estava em correspondência com Sírio, a principal estrela da constelação do Cão Maior, de enorme importância para os egípcios porque seu aparecimento sobre o horizonte indicava o início de seu ano agrícola, e por isso o ponto de partida de seu calendário real. Enquanto estrela-guia que precedia as demais, foi chamada de "estrela de cachorro". Em relação ao seu nome, o mesmo procede de grego seirios, o " brilhante", o "ardente".

Por ser o cachorro, o cérebro, o guardião dos segredos subterrâneos ele é capaz de atravessar com seus olhos a região das sombras. Caça o que está escondido depois de rastreá-lo, protege os que transitam de uma mundo ao outro, e acompanha os que vão da dor à sua libertação em busca do renascimento. No mundo bíblico, Caleb, o "cachorro", é um dos espiões que Moisés envia para reconhecer a Terra Prometida.

Por isso o cachorro, guardião e explorador, oscilava das minas subterrâneas, onde jaz o ouro solar, à extrema vigilância noturna, iluminado pelo brilho da prata lunar.


Seja-me permitido expressar aqui o mais sincero agradecimento à meus companheiros (as): Basco, Pipoca, Laila, Tuti Junior, Babi, Bob, Luz e Susi.