quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A RENOVAÇÃO DA ÁGUIA


A águia, a ave que possui a maior longevidade da espécie, chega a viver a 70 anos.
Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria decisão.
Aos 40 anos, está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito. As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou ... enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo, sem contar a dor que terá que suportar.
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas velhas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então, mais 30 anos.
Em nossa vida, muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, e outras tradições que nos causam dor.
Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.
Todos os dias há um novo recomeço, temos uma nova chance de viver um novo dia e fazer o que não pudemos ou quisemos fazer ontem. As suas células se renovam a cada 24 horas, Se a cada dia você se torna uma nova pessoa biologicamente, você também poder se tornar uma nova pessoa psicologicamente Você pode escolher ser a mesma pessoa de ontem, ou pode mudar para melhor, ou pelo menos um pouco. Quando você muda, muda tudo a sua volta. Quando percebemos que não podemos mudar coisas, pessoas e acontecimentos é o momento ideal de mudarmos a nós mesmos. Então renove os seus hábitos, seus métodos de trabalho, seu tratamento às pessoas, sua maneira de enxergar as coisas, seus procedimentos. Para toda ação existe uma reação semelhante.
Pense nisso!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Era do Aquário


O mito grego de Guanimedes, o jovem semideus grego raptado pela águia de Júpiter, é essencialmente o mito de Aquários. O homem que vive na superficialidade de uma existência terrestre material e ilusória, que caminha numa horizontalidade cega e sem rumo, debate-se agora num vazio espiritual, num vácuo onde a vida comum perdeu todo o seu sentido, e, de dentro desse vácuo o seu coração é agarrado pela era aquariana e arrastado para a verticalidade que conduz para as alturas da iluminação e da verdadeira Iniciação. Essa verticalidade que desce das alturas rapta-o para o elevado mundo dos Anjos divinos, para o mundo das Asas Imperecíveis, para o ar e para o espaço solar distante e luminoso. A águia de Júpiter conduz o raio do poder daquele deus grego.

Ela toma Guanimedes pela cabeça e pelos cabelos, ou seja, eleva-o até o mundo dos deuses imortais através da mente e de suas faculdades. O raio de Júpiter que a águia porta nas garras faz a mente de Guanimedes tornar-se um lago de luz, um oceano de faculdades e dons iluminativos. O homem de Aquários certamente anseia por um contato direto e vertical com a Verdade. Se os pés da águia não tomam a sua mente para leva-la até a genuína instrução libertadora, ele sente-se vazio, sedento, pouco preenchido por dentro. Doi-lhe uma dor de alma, uma dor de peito, de coração, que
o faz olhar ao redor com inquietação, e dá-lhe a certeza intuitiva de não ter ainda encontrado a Senda espiritual, de estar, ainda, apesar dos anos de pesquisa e peregrinação no mundo inferior, em plena busca dela.

Essa sensação é tipicamente aquariana. Aliás, um dos símbolos de Aquários é um vaso jorrando água, o que nos faz lembrar da frase taoísta: "O Tao é um vaso vazio vazando". Anos de banco na escola de ordens semi-esotéricas tornam-se, às vezes, para o homem aquariano, um vaso vazio, sem o Tao, sem a essência da Verdade. Quando o Tao aparece perante Aquários, o vazo vazio passa a vazar, a transbordar com o líquido do Graal, e Guanimedes, o homem que busca a Senda, para de rodear a horizontalidade da Terra, e voa rumo a verticalidade da Luz Solar. Assim, saindo
da horizontalidade e penetrando a verticalidade, o homem aquariano traça em seu sangue, em seu próprio ser, a cruz luminosa do Cristo.


Aquário, O Aguadeiro, é o garçom dos deuses. O zelador da água potável (em mitos mais antigos). Um dos signos do zodíaco que já nasce com função social.

Antes de Ganimedes, os egípcios tinham lá também o seu Deus que derramava água ao encher o Rio Nilo e salvava, assim, toda a tribo da inanição. Aquário, como vimos, é o Aguadeiro que serve o ‘bem-bom’ aos deuses do Olimpo. O signo de Aquário já nasce com uma função: o de servir e o de zelar a água e o néctar dos deuses, o de servir e o de zelar a água, o néctar dos homens.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cachorro; o guardião dos segredos subterrâneos


No Egito, terra dos terapeutas, o ouro era consagrado a Anúbis, cujas estátuas eram recobertas por esse metal. Anúbis é o nome grego do deus que os egípcios denominaram Ampu ou Anupu, condutor de almas: era ele que abria aos mortos a porta do caminho que leva ao outro mundo. Ele é representado como um chacal ou cabeça de cachorro. A cidade principal de seu culto os gregos chamaram Cinópolis. Paralelamente, esse chacal-cachorro estava em correspondência com Sírio, a principal estrela da constelação do Cão Maior, de enorme importância para os egípcios porque seu aparecimento sobre o horizonte indicava o início de seu ano agrícola, e por isso o ponto de partida de seu calendário real. Enquanto estrela-guia que precedia as demais, foi chamada de "estrela de cachorro". Em relação ao seu nome, o mesmo procede de grego seirios, o " brilhante", o "ardente".

Por ser o cachorro, o cérebro, o guardião dos segredos subterrâneos ele é capaz de atravessar com seus olhos a região das sombras. Caça o que está escondido depois de rastreá-lo, protege os que transitam de uma mundo ao outro, e acompanha os que vão da dor à sua libertação em busca do renascimento. No mundo bíblico, Caleb, o "cachorro", é um dos espiões que Moisés envia para reconhecer a Terra Prometida.

Por isso o cachorro, guardião e explorador, oscilava das minas subterrâneas, onde jaz o ouro solar, à extrema vigilância noturna, iluminado pelo brilho da prata lunar.


Seja-me permitido expressar aqui o mais sincero agradecimento à meus companheiros (as): Basco, Pipoca, Laila, Tuti Junior, Babi, Bob, Luz e Susi.